METODOLOGIA: A FALTA QUE FAZ FALTA
Hoje o que parece
estar em alta é o currículo e o conteúdo. Que pena que ainda não está chegando até
o aluno como deveria.
A
Presidente Dilma Rousseff anunciou em seu discurso de posse o novo lema de seu
governo - “BRASIL, PÁTRIA EDUCADORA”. Pode
ser que para muitos isso pareça ser novidade, mas não é. Sabe por quê? Em 3 de julho de 2014, ela já havia sancionado
o Plano Nacional de Educação, que deu o pontapé inicial para a construção da
chamada Base Nacional Comum da Educação Básica, que prevê o que os estudantes
brasileiros devem aprender a cada etapa escolar.
A
discussão desse tema sobre a Base Nacional Comum da Educação Básica deve acontecer
a partir deste ano de 2015 nos estados, no distrito federal e nos municípios do
país para que se possa chegar a um currículo que atenda às necessidades básicas
de todas as crianças, adolescentes e jovens brasileiros.
Vale
lembrar que isto também não é novidade, já que está previsto desde a formulação
da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996, em seu Artigo 26, e prevê que os
currículos do Ensino Fundamental e Médio devem ter uma base nacional comum, a
ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma
parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da
sociedade, da cultura e da clientela.
Como
se vê, essa Base Nacional Comum deveria ser seguida em todo o país, pois é com fundamento
nela que se aplica a Prova Brasil e o SAEB, avaliações estas que definem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB) de cada escola, município, distrito federal, estado e do Brasil.
Para
garantir esse currículo, o Governo Federal, por meio do Programa Nacional de
Livro Didático (PNLD) e do Programa Nacional do Livro Didático do Ensino Médio
(PNLEM) distribui gratuitamente livros didáticos para todos os alunos das
escolas públicas do país e, democraticamente, permite que cada educador dentro
de sua rede pública de ensino faça a escolha do livro didático que melhor
atenda a realidade de sua região e da clientela de sua escola.
Há
também o Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE) que tem como objetivo
promover o acesso à cultura e o incentivo à
leitura nos alunos e professores, por meio da distribuição de acervos de obras
de literatura, de pesquisa e de referência.
Para
que este lema – “BRASIL,
PÁTRIA EDUCADORA” – possa acontecer, é preciso investir na
valorização e formação continuada dos educadores que estão na escola,
trabalhando em seu dia a dia com crianças, adolescentes e jovens.
Portanto,
não basta garantir aos alunos acesso aos livros didáticos de todas as
disciplinas e exigir do professor um planejamento anual, bimestral, semanal e diário
do conteúdo a ser desenvolvido. Para que haja aprendizagem efetiva do aluno, o
mestre da sala de aula deve ter em mente que o centro do currículo é a METODOLOGIA que será aplicada por ele.
Professor João Pereira Leite
Postado em 04/01/2015.