Dicas Pedagógicas

A Gramática, a Literatura e o Texto
João Pereira Leite

          Esta reflexão é importantíssima, pois nos ajuda a melhorar a prática de sala de aula. Hoje se fala muito em leitura e produção de textos. Todo professor de Língua Portuguesa defende esta tese, mas na prática, a maioria não realiza.
          Esse tripé, gramática, literatura e texto, são importantes e devem ser transmitidos aos alunos. O que não se deve fazer é aplicar a gramática simplesmente descontextualizada do texto. E quando falo em texto, pode ser uma simples frase desde que contextualizada e que esteja transmitindo uma informação do conhecimento de todos, diferentemente do que ocorria há vinte ou trinta anos atrás. Muitos da minha geração aprenderam a gramática pura, como se todos fôssemos um dia ser professor de Língua Portuguesa. A gramática deve ser ensinada para o conhecimento na hora da escrita, como elementos de coesão de um texto.
          Quanto à literatura, esta deve ser ensinada com foco no período literário, composto por autores e obras, com suas respectivas características e deve haver comparação com os dias atuais, para que o aluno possa perceber as diferenças e até mesmo as semelhanças entre uma obra trovadoresca, da Idade Média, com outras contemporâneas. 
          Já o texto, deve ser um complemento da gramática e da literatura. É óbvio que compete ao professor passar o conteúdo correspondente às características de cada gênero e tipologia textual, para que de posse dessas informações o aluno desenvolva suas competências e habilidades de produção, respeitando a faixa etária e as séries correspondentes. O que não se deve é trabalhar apenas o texto narrativo, o descritivo e dissertativo, como acontece com a grande maioria dos professores. Faz-se necessário mostrar ao aluno quais são os tipos de texto que ele convive em seu meio. Por isso, o professor deve “passar a receita” de como se produz cada tipo de texto com suas principais características.
          È interessante lembrar que antes de ser trabalhada a produção dos diversos tipos de textos, deve-se ler com os alunos cada um deles. Nesse caso, o aluno vai produzir aquilo que já conhece. Algo que já foi detalhado em sala de aula pelo professor.
          Nos dias atuais em que tudo gira em torno da Internet e do Celular, cabe aos educadores e de modo especial, aos professores de Língua Portuguesa, começar a trabalhar mais a leitura dentro da sala de aula. Se o foco continuar sendo apenas a leitura extraclasse, o aluno, principalmente da rede pública que possui pouco acesso a livros, continuará sem essa ferramenta e consequentemente distante da leitura.
          Pode-se afirmar que o professor da rede pública encontra mais dificuldade para realizar esse trabalho devido ao número elevado de alunos por turma, mas isso não pode ser usado como desculpa para não realizar essa atividade com seus alunos.
          Nos cursos de licenciatura das universidades atuais, pouco ou quase nada se aprende do cotidiano de uma sala de aula. Há vários anos, muitos professores vem apenas copiando receitas prontas de outros mais experientes e aplicando em suas aulas, sem obter os resultados esperados. Para mudar essa realidade no ensino da língua, há necessidade da oferta de novos cursos de especialização aos docentes da rede pública para que estes possam sair da mesmice, se atualizar e realizar novas práticas em sala de aula de acordo com a necessidade dos alunos do século XXI.

Obs.: Artigo postado em atividade do curso de Pós-Graduação da UNICAMP/REDEFOR em 20/11/2010.


A Importância da atualização profissional

João Pereira Leite



            Este tema mostra a importância do professor estar se atualizando e de conhecer como ocorreram as mudanças nas propostas educacionais. Fica bem claro que elas nasceram não por acaso, mas sim a partir de Declarações como a de Jomtiem (Tailândia,1990),  e a de Salamanca (Espanha, 1994). Após discussões de educadores de várias países, houve um grande esforço mundial para alavancar a educação básica, principalmente nos países em desenvolvimento, com apoio do Banco Mundial, da UNESCO e da UNICEF.

            Foi neste despertar que surgiu o 1.º Plano Decenal Brasileiro (1993 – 2003), a revisão e implantação de uma nova LDB, prometendo a universalização da educação básica obrigatória e gratuita para todos. Surgem também os Parâmetros Curriculares (PCNs) para o Ensino Fundamental I e II e do PCN-EM, tendo início o programa de formação de professores com o PCN em Ação para os professores do ensino fundamental. Já no estado de São Paulo, surge a formação do Ensino Médio em Rede.

            Com as novas propostas educacionais em vigor, tanto federal como estadual, houve a necessidade de verificar se a prática em sala de aula estava acontecendo. Foi aí que surgiram as avaliações como o SAEB, Prova Brasil, o Enem e o SARESP no estado de São Paulo. Nesse momento pôde-se constatar que o professor ainda estava utilizando o Guia Curricular da ditadura, pois o que ele ensina não é o que o aluno aprende, ficando provado nas baixas notas de desempenho da maioria das escolas avaliadas.

            Este tema deixa uma grande lição para todos os educadores: a teoria de um currículo regido pelas noções de competências e habilidades mais voltadas para a aprendizagem do que para o ensino, que envolvem, além de conteúdos escolares, recursos cognitivos, afetivos e sociais e caracterizam modos de ser, raciocinar e interagir para ações e tomadas de decisão em contextos sociais, está longe de acontecer na prática, pelo professor, em sala de aula.



Obs.: Artigo postado em atividade do curso de Pós-Graduação da UNICAMP/REDEFOR em 21/11/2010.




Gêneros do Discurso

João Pereira Leite

Toda a história da leitura e produção textual, bem como a maneira como sempre foi desenvolvido o trabalho com a tipologia textual em seus diferentes gêneros de discurso progrediu bastante nos últimos anos. Foi a partir do momento em que o governo federal, por meio dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais),  e a Secretaria de Educação de São Paulo implantou a Proposta Curricular,  que se tem um nova perspectiva de mudança para poder atingir o aluno na sala de aula com novas propostas curriculares.

Antes da implantação dessas propostas, principalmente na área de língua portuguesa, verificava-se apenas um trabalho de conteúdos gramaticais, deixando o texto em segundo plano, e quando este era trabalhado, usava-se apenas como pretexto para o ensino da gramática tradicional.

Diferentemente da análise das tipologias textuais, os gêneros são processos discursivos que se sedimentam historicamente pela sua circulação na sociedade, dadas determinadas condições de produção. Isto quer dizer que os gêneros não são estanques, eles se manifestam de diversas maneiras na sociedade.

Tomando como ponto de partida para análise das formas do discurso, podemos verificar num texto que uma mesma notícia possui características diferentes dependendo do veículo em que está inserido. E, às vezes, um gênero pode ser alterado dentro do mesmo meio de comunicação para atingir um novo objetivo, num determinado momento.

Se analisarmos a história da propaganda na televisão brasileira, poderemos observar os diversos recursos utilizados. Para ilustrar, basta observar a propaganda da linha de produtos da “Bombril” que sempre buscou algo diferente para uma determinada situação, seja ela política, histórica, enfim há uma contextualização. Portanto, este gênero está ligado a um campo ou esfera de atividade humana, de acordo com o Círculo Bakhtiniano, pois há um conteúdo temático, uma forma e um estilo.

Neste tipo de discurso, a propaganda da linha “Bombril”, o interlocutor é interpelado por meio da mensagem não apenas verbal e ilustrativa, mas também pela contextualização que a mensagem transmite. É um exemplo de discurso que o professor poderá trabalhar de forma diferenciada com o aluno em sala de aula e explorar os diversos recursos nele utilizados.

Para complementar a importância de se conhecer a estrutura dos gêneros de discurso e levá-los à sala de aula, é preciso perceber como se dá essa relação no processo de circulação de determinados enunciados na sociedade. Hoje, é pouco comum levar para as aulas de língua portuguesa tipos de discurso que não sejam relacionados ao gênero escolar que é prática comum nas escolas públicas.

Como já mencionado anteriormente, a prática diversificada de gêneros somente teve início nas escolas estaduais de São Paulo com a implantação da atual Proposta Curricular, que cobra o conhecimento sistematizado no aluno na avaliação do SARESP. Hoje, a prática de trabalho em sala de aula com resenha crítica, por exemplo, no volume 1 do “caderninho” de língua portuguesa do 3.º ano do Ensino Médio, exige do aluno o reconhecimento e análise deste gênero. A posposta de trabalho faz com que se discutam todas as partes de uma resenha: a contextualização, a tese, o resumo, o argumento, o contra-argumento, a exemplificação e a conclusão. Na parte final da atividade desenvolvida, é solicitado ao aluno que produza uma resenha crítica para testar a fixação do conhecimento.

O Mesmo ocorre com a tradicional dissertação (texto argumentativo). Na proposta atual, o aluno não fica apenas desenvolvendo um texto a partir de um tema escolhido aleatoriamente como ocorria antes. Primeiro conhece-se a estrutura desse texto, faz-se a análise de vários textos argumentativos para depois por meio de esquema, desenvolver as partes do texto contendo a tese, o argumento, o contra-argumento e a conclusão, para somente depois deste trabalho realizado, finalmente produzir o seu próprio texto.

O gênero noticia, pode ser utilizado em sala de aula de forma comparativa entre dois veículos de comunicação que tratam do mesmo assunto. Se for realizado um bom planejamento, o professor poderá utilizar um mesmo assunto focado pelos diversos meios de comunicação, trabalhando suas especificidades, sem perder o foco. Aproveitando o momento em que um dos principais assuntos é o Tsunami ocorrido no Japão, cabe ao professor levar o texto impresso no jornal e solicitar que analisem alguns detalhes como nomes dos locais afetados, das cidades e até de pessoas envolvidas. Paralelamente, pode-se pesquisar na Internet o mesmo assunto para comparar como a mesma notícia pode ter outro foco: agrupamento de texto em pequenos blocos para facilitar a leitura na tela do computador, além dos hipertextos que podem encaminhar o leitor para outras leituras. Para finalizar a análise, seria interessante que o professor levasse para a sala de aula o mesmo assunto trabalhado com o texto do jornal e da Internet gravado de uma emissora de televisão e mostrar que o texto verbal se completa com as imagens que às vezes podem informar mais que as palavras.

Finalizando pode-se afirmar que segundo Orlandi(1987), o funcionamento discursivo é como a atividade estruturante de um discurso determinado, para um interlocutor determinado, por um falante determinado, com finalidade específica, pois como vimos “Um discurso não é um texto, mas o processo histórico de produção de sentidos que o possibilita”.



Obs.: Artigo postado em atividade do curso de Pós-Graduação da UNICAMP/REDEFOR em 22/03/2011.



Referências Bibliográficas

Orlandi, Eni Pulcinelli – A Linguagem e seu Funcionamento – As formas do Discurso -  2.ª ed. Ver. E aum. – Campinas, SP: Pontes, 1987.

Site - http:/ggte.unicamp/redefor- Disciplina LP004: Autoria, Efeito-Leitor e Gêneros de Discurso – Tema 3: Gêneros Discursivos

O trabalho com gêneros textuais no ensino de língua portuguesa
João Pereira Leite

Muito se discute a respeito do ensino de português hoje, diante dos desafios que o professor enfrenta em sala de aula. Percebem-se grandes mudanças nos meios de comunicação e na circulação das informações, principalmente devido ao acesso que nossos alunos têm às tecnologias digitais, como computadores pessoais, celulares, textos eletrônicos, entre outros, que refletem diretamente na sala de aula. A dúvida que persiste é de como tornar esses recursos aliados do professor em sala de aula.
Diante dessa realidade o professor ainda continua de mãos atadas, principalmente, porque parte dos cursos de formação existente oferecem formação deficiente aos professores e estes não têm voz, na medida em que repetem o livro didático em suas aulas. E em muitos casos, pode-se observar que a finalidade única da produção textual é o treino de estruturas, em que o aluno escreve apenas para ser avaliado por um único leitor, o professor, que julgará se o seu texto é bom ou ruim, para atribuir-lhe uma nota. E esse aluno fica circunscrito aos muros da escola, produz apenas gêneros escolares, reproduz saberes escolares e a escola acaba por não cumprir sua função social de promover os letramentos críticos e protagonistas para a vida na cidade, no trabalho, enfim, para o exercício da cidadania. Com isso, como afirma Rojo (2004) em Letramento e capacidades de leitura para a cidadania, embora uma grande parcela de nossa população possa estudar, não chega a ler. Apenas aprende a decodificar palavras. Portanto, nota-se que a escolarização, no caso da sociedade brasileira, mesmo tendo passado por reformulações e mudanças nas propostas curriculares educacionais, como a revisão e implantação da nova LDB (MEC – 9394/96) e da atual Proposta Curricular do estado de São Paulo (2008), não leva a formação de leitores e produtores de textos proficientes e eficazes e, às vezes, chega mesmo a impedi-la. Observa-se que o conteúdo é trabalhado apenas para cumprir um currículo mínimo.
Outra barreira a ser ultrapassada pela escola é a resistência por parte de seus gestores em acompanhar e apoiar iniciativas de trabalhos diferenciados dos professores. Essa resistência, às vezes acontece pela não utilização por parte dos professores dos poucos recursos que as escolas oferecem no dia a dia, pois para que as atividades saiam da sala de aula, e, o uso da lousa, do giz e do livro didático ou apostilas diminua e parta para o uso de outros recursos que a escola dispõe, não basta apenas o professor querer, é preciso o apoio de toda a equipe da escola. Neste caso, volta-se à discussão sobre a origem das práticas e necessidades dos alunos hoje. Quando não há apoio e nem incentivo, o professor continua fazendo aquilo que sempre fez, ou aquilo que aprendeu com seus colegas que estão há mais tempo no magistério. E consequentemente não ocorre a aprendizagem como deveria acontecer.
No meio de toda essa discussão do que é certo ou errado. Do que é possível ou não, estão os alunos que vêm para a escola com um novo conceito de modernidade, conhecendo, muito mais que o professor as tecnologias digitais. Nesse encontro não de gerações, mas de conhecimentos tecnológicos, é que ocorre o grande desinteresse e aparecem as grandes defasagens no aprendizado da educação atual.
Como afirma Wanderlei Geraldi (1984, p. 770), o ensino de Língua Portuguesa deveria centrar-se em três práticas (tanto oral como escrita): Prática de leitura de textos, Prática de produção de textos e Prática de análise linguística.
É importante destacar também que de acordo com as novas propostas curriculares, e no caso específico, a Proposta Curricular da SEE-SP (2008), que propõe um enfoque nas diversidades dos gêneros textuais ou gêneros de discurso, onde não basta mais a leitura do texto verbal escrito, e que é preciso que o aluno tenha relação com aquilo que ele vivencia no seu dia a dia, no trabalho, nos grupos de amigos, no clube, enfim, nos lugares em que ele frequenta.
Portanto, quando houver uma mudança de enfoque, onde o professor de língua portuguesa passa a ser o mediador e conhecedor da língua, aquele que busca promover letramentos múltiplos, fazendo com que o aluno possa participar das várias práticas sociais, e que interaja com o que é novo trazido pelo aluno, é que surgirá um novo conceito de aprendizagem em língua portuguesa.
Referências Bibliográficas:
GERALDI, João Wanderley. (Org.). O texto na sala de aula: leitura & produção. Cascavel: Assoeste, 1984
BRASIL. Secretaria da Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas tecnologias. Conhecimentos de Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEB, 2006.
ROJO, R. H. R. Modelização didática e planejamento: duas práticas esquecidas do professor? In: KLEIMAN, A. B. (Org.) A formação do professor: perspectivas da Lingüística Aplicada. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2001, p. 313-335.
SÃO PAULOS (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Sequência didática: artigo de opinião – material do aluno e material do professor.  São Paulo, 2004.

Sequência Didática



            Nos dias atuais é de suma importância trabalhar com o aluno na esfera jornalística, pois além de mostrar o uso da norma padrão, faz com que ele reflita sobre os problemas atuais mantendo-se mais atualizado e participativo nos momentos políticos, econômicos, sociais e culturais em que o país e o mundo estão inseridos.

            O principal objetivo é fazer com que o aluno perceba que os gêneros textuais vão além dos gêneros literários e que há também outros que circulam na comunicação cotidiana, em forma radiofônica, televisiva, impressa e na internet. Esses textos da esfera jornalística, chamados de artigo de opinião, presentes em jornais e revistas em forma de editoriais, cartas ao leitor e até mesmo como artigos de opinião assinados pelos respectivos autores são necessários para a formação de leitores críticos que com certeza aproveitarão melhor as informações presentes nesses textos.

            Espera-se que ao entrar em contato com essa esfera jornalística nos texto de artigos de opinião, o aluno, segundo Dolz e Schnewly (2004), possa desenvolver as habilidades de sustentação, refutação e negociação de tomada de posição, fazendo uso em consonância com a vida além da escola. Que possa desenvolver o hábito de ler e escrever como práticas para aprender a refletir criticamente o cotidiano que em que vive.

            Ao desenvolver as competências leitoras, o aluno poderá desenvolver habilidades de letramentos se apropriando das capacidades leitoras como a decodificação, a compreensão, a apreciação e réplica, como afirma Roxane Rojo (2004), em seu texto “Letramento e capacidade de leitura para a cidadania”.





OBJETOS DE ENSINO



·        Esfera: Jornalística

·        Gênero: Artigo de Opinião

·        Modalidade: Escrita



DURAÇÃO DO PROJETO



·        Número de aulas: 24 aulas

·        Número de semanas: 06 semanas



ANO/NÍVEL



·        Ano: 3.º Ano

·        Nível: Ensino Médio



OBJETIVOS



·        Letramentos envolvidos:

- leitura, escrita e re-escrita nos meios impressos e digitais.



·        Competências e habilidades envolvidas:

- Localizar informações relevantes nos textos, identificar o veículo de publicação (jornal, revista ou sites virtuais), identificar o autor e sua posição diante da questão polêmica/controversa que está sendo discutida, posicionar-se criticamente como leitor diante do artigo lido, fazendo interagir conceitos, valores e elementos linguísticos.



·        Temas envolvidos:

- Como o artigo de opinião é um gênero jornalístico que tem como característica apresentar textos com opiniões de seus autores, ao contrário dos literários, das notícias, os temas deverão vir de encontro com os interesses desses alunos que estão prestes a entrar para o mercado de trabalho e cursar uma universidade.



ATIVIDADES



·        Leituras:

- Trabalhar o “antes” da leitura mostrando ao aluno o local em que o texto foi publicado; quem é o autor e qual o seu objetivo.

- Trabalhar o “durante” da leitura mostrando a forma como o texto foi construído, como ocorre a utilização de argumentos, contra-argumentos e exemplificações.

 - Trabalhar o “depois” da leitura discutindo em grupo, na sala de aula, a respeito da sua construção e organização, apontando pontos em que há discordância ou não, para que em seguida realize a escrita e re-escrita de textos no gênero artigo de opinião.



·        Leitura Crítica:

- Trabalhar a análise comparativa de artigos de opinião a respeito de um tema comum sobre o ponto de vista de vários autores.



·        Produção de Texto:

- Realizar trabalhos em grupo, em dupla e individual na sala de aula, partindo sempre da construção de projetos de artigo de opinião.



·        Análise da Língua:

- desenvolver atividades em que o educando, por meio de exercícios diversos esteja atento à regra de acentuação, às concordâncias verbal e nominal, desenvolva habilidades para o uso dos conectivos, verbos, pronomes e ortografia.



·        Análise da Linguagem:

- Atentar principalmente para a diferença entre a linguagem oral utilizada em grupos de discussão e a linguagem escrita utilizada nos textos de artigo de opinião.



·        Domínio de novas TICs:

- Orientar os educandos nos usos das ferramentas digitais para que estes possam acessar os meios de comunicação em que o gênero artigo de opinião se faz presente como blogs, revistas e jornais digitais.



MATERIAIS



·        Coletânea de gêneros:

- Os artigos de opinião que serão trabalhados deverão ser selecionados em revistas e jornais impressos e digitais, sites de notícias e jornais televisivos.





·        Outros Materiais:

- Aulas expositivas e interativas, revistas, jornais, livro didático, pesquisa na Internet, rádio, T.V., DVD, livro didático, lousa, giz, dicionário de língua portuguesa.



AVALIAÇÃO

            A avaliação deve levar em conta o “antes”, o “durante” e o “depois”, isto é: o educando deverá reconhecer em que meio de comunicação (impresso, digital, radiofônico, televisivo) o artigo foi publicado, qual é a questão polêmica/controversa que está em discussão, qual é o assunto, o tema e a tese. Deve também reconhecer a ordem de apresentação da tese, dos argumentos, contra-argumentos e da conclusão; quais tipos de argumentos são utilizados e quais outras vozes aparecem no artigo. Quais são os elementos articuladores da construção desse texto, para finalmente realizar discussões coletivas, debate, roda de leitura, escrita e re-escrita de textos de artigo de opinião.



Obs.: Seguem em sequência textos de artigo de opinião retirados de revistas e jornais que poderão ser utilizados nas atividades da SD.





Como será o Brasil de Gabriel?




No futuro, o neto de Dilma descobrirá se a avó soube enfrentar com energia a corrupção e a impunidade.

          O neto de Dilma, com nome de anjo, Gabriel, fez 1 aninho. Tem festa neste sábado no Palácio da Alvorada, a residência oficial dos presidentes, batizada assim por Juscelino Kubitschek: "Que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia para o Brasil?". A década era de 1950 e Dilma tinha 10 anos quando foi inaugurado o prédio monumental de mármore, vidro e colunas de Niemeyer. Filha de búlgaro exilado, a menina não sonhava um dia estar ali. Como avó e presidente, diante de dilemas políticos, econômicos e morais.
          Dilma tinha 22 anos quando foi detida e torturada por resistir à ditadura em grupo armado. Tem hoje 22 anos o estudante Tiago Lira, que virou símbolo do movimento anticorrupção em Brasília. Ele guardou recortes de jornais com várias fotos suas no protesto que reuniu 25 mil na Capital no feriado da Independência. Estuda ciências políticas na UnB, mora com a tia numa cidade-satélite de Brasília. E era virgem em protestos.
          Tiago está eufórico porque o movimento pacífico e espontâneo, "sem rosto e sem líder", não levantou bandeira de nenhum partido. "Essa gurizada das redes sociais vai tomar conta das ruas do país", afirmou o senador gaúcho Pedro Simon. Eles levantaram a bandeira do Brasil e impediram a participação de políticos na Marcha. O hino era um refrão do samba de Bezerra da Silva: Se gritar "pega ladrão", não fica um, meu irmão.
          o havia líderes sindicais no protesto. O sindicalismo subiu à elite nos oito anos de Lula e se lambuzou com o melado das regalias. Não lutará contra a impunidade. Imagina. Logo eles, que ovacionaram José Dirceu na abertura do congresso do PT: "Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro".
          Uma faixa na Marcha de Brasília cobrava punição aos envolvidos no mensalão do PT. Dirceu foi chamado pelo procurador-geral da República de "chefe de quadrilha". Mas o mensalão nunca existiu, não sabiam que foi invenção da imprensa? O publicitário Marcos Valério e o ex-deputado Roberto Jefferson, operador e acusador do esquema de propina, sempre pouparam Lula. Na semana passada, estranharam a ausência do ex-presidente no processo. Não é fácil ser ex.
          No futuro, o neto de Dilma descobrirá se a avó soube enfrentar com energia a corrupção e a impunidade
          Os manifestantes estavam vestidos de preto, em luto contra as maracutaias que sugam o dinheiro da saúde e educação. Empunhavam vassouras parecidas com aquela que a presidente escondeu em algum armário do palácio, quando a faxina ética mexeu em sujismundos inconvenientes. Dilma foi "protegida" da Marcha. Ficou na outra metade da Esplanada dos Ministérios, para o desfile oficial do 7 de setembro. Placas de concreto isolaram a Marcha, para não ser vista nem ouvida. O vice Michel Temer estava nas praias de Natal com Marcela e o filho Michelzinho. Tirou cinco dias de folga dessa zorra toda.
          Até que ponto Dilma pretende deixar sua marca na história? Ela lê jornais. E viu o que diziam as faixas de jovens tão idealistas quanto um dia ela foi. "Voto secreto, não. Quero ver a cara do ladrão." Esta era contra a decisão da Câmara de livrar a cara da deputada Jaqueline Roriz. Outra faixa dizia: "País rico é país sem corrupção". Dilma é boa de conta e sabe quanto seu plano contra a miséria ganharia se o roubo oficial fosse controlado. Sugiro outra bandeira: "Para ondeo os impostos extorsivos? Como foi gasto o IOF, aumentado quando a CPMF foi extinta?". Transparência, prestação de contas. É disso que precisamos. É o que merecemos.
          A presidente teve um papel duplo fundamental nessa campanha ainda modesta contra a corrupção. Primeiro, foi dura com alguns ministros e os rifou. Depois, recolheu a vassoura. Deixou os jovens livres para assumir de forma apartidária o movimento de moralização contra os "malfeitos". O mais inteligente seria chamar ao Planalto esses idealistas. Saber o que querem hoje, num país que é uma democracia mas subestima seus eleitores.
          Quem sabe no futuro, ao estudar história contemporânea, Gabriel descubra que a avó foi a primeira presidente do Brasil a enfrentar com pulso forte tanto a miséria quanto a cara feia da corrupção e da impunidade política. Parabéns para você, bebê.

RUTH DE AQUINO - Revista Época - 12/09/2011 - acesso em 01/10/2011.


No futuro, o neto de Dilma

descobrirá se a avó soube

enfrentar com energia a

corrupção  e a impunidade





Vamos criar a CCMEF?



Em vez de reviver a CPMF, sugiro criar a Contribuição dos Corruptos Municipais, Estaduais e Federais

          Dilma está certa. É urgente. Em lugares remotos do Brasil, hospitais públicos são mais centros de morte que de cura. Não é possível “fazer mágica” para melhorar a saúde, afirmou Dilma. Verdade. De onde virá a injeção de recursos? A presidente insinuou que vai cobrar de nós, pelo redivivo “imposto do cheque”. Em vez de tirar a CPMF da tumba, sugiro criar a CCMEF: Contribuição dos Corruptos Municipais, Estaduais e Federais.

          A conta é básica. A Saúde perdeu R$ 40 bilhões por ano com o fim da CPMF, em 2007. As estimativas de desvio de verba pública no Brasil rondam os R$ 40 bilhões por ano. Empatou, presidente.

          É só ter peito para enfrentar as castas. Um país recordista em tributação não pode extrair, de cada cheque nosso, um pingo de sangue para fortalecer a Saúde. Não enquanto o governo não cortar supérfluos nem moralizar as contas.

          Uma cobrança de 0,38% por cheque é, segundo as autoridades, irrisória diante do descalabro da Saúde. A “contribuição provisória” foi adotada por Fernando Henrique Cardoso em 1996 e se tornou permanente. O Lula da oposição dizia que a CPMF era “um roubo”, uma usurpação dos direitos do trabalhador. Depois, o Lula presidente chamou a CPMF de “salvação da pátria”. Tentou prorrogar a taxação, mas foi derrotado no Congresso.

          Em vez de reviver a CPMF, sugiro criar a Contribuição dos Corruptos Municipais, Estaduais e Federais.

          A CPMF é um imposto indireto e pernicioso. Pagamos quando vamos ao mercado e mesmo quando pagamos impostos. É uma invasão do Estado nas trocas entre cidadãos. Poderíamos dizer que a aversão à CPMF é uma questão de princípio.
Mas é princípio, meio e fim. Não é, presidente?

          “Não sou a favor daquela CPMF, por conta de que ela foi desviada. Por que o povo brasileiro tem essa bronca da CPMF? Porque o dinheiro não foi para a Saúde”, afirmou Dilma. E como crer que, agora, não haverá mais desvios?

          Como acreditar? O Ministério do Turismo deu, no fim do ano passado, R$ 13,8 milhões para uma ONG treinar 11.520 pessoas. A ONG foi criada por um sindicalista sem experiência nenhuma com turismo. Como acreditar? A Câmara dos Deputados absolveu na semana passada Jaqueline Roriz, apesar do vídeo provando que ela embolsou R$ 50 mil no mensalão do DEM.

          Como acreditar? Os ministros do STF exigem 14,7% de aumento para passar a ganhar mais de R$ 30 mil. Você terá reajuste parecido neste ano? O orçamento do STF também inclui obras e projetos, como a construção de um prédio monumental para abrigar a TV Justiça. É prioridade?

         O Congresso gasta, segundo a organização Transparência Brasil, R$ 11.545 por minuto. O site Congresso em Foco diz que cada um de nossos 513 deputados federais custa R$ 99 mil por mês. Cada um dos 81 senadores custa R$ 120 mil por mês. São os extras. E o Tiririca ainda não descobriu o que um deputado federal faz. “É sério. Vamos ter de discutir de onde o dinheiro vai sair (para a Saúde).”

          Tem razão, presidente. Mas, por favor, poupe-nos de seu aspirador seletivo.
A senhora precisa mesmo de 39 ministérios consumindo bilhões? Aspire os bolsos gordos da turma do Novais, do Roriz, do Sarney. Apele à consciência cívica dos políticos e juí­zes que jamais precisaram do Sistema Único de Saúde.

          Vamos criar o mensalão da Saúde. Um mensalão do bem, presidente. Corruptos que contribuírem serão anistiados. ONGs fantasmas, criadas com a ajuda de ministros & Cia., terão um guichê especial para suas doações. O pessoal que já faturou por fora com a Copa está convocado a dar uns trocados para a Saúde.

          Enfiar goela abaixo dos brasileiros mais um imposto, nem com anestesia. Um dia nossos presidentes entenderão o que é crise de governabilidade. Não é a revolta dos engravatados em Brasília nem a indignação dos corredores e gabinetes. A verdadeira crise de poder acontece quando o povo se cansa de ser iludido.

          Os árabes descobriram isso tarde demais. Deitavam-se em sofás de sereias de ouro, cúmulo da cafonice. Eles controlavam a mídia, da mesma forma que os companheiros do PT estão tentando fazer por aqui. Não deu certo lá. Abre o olho, presidente.



RUTH DE AQUINO - Revista Época, 03 de setembro de 2011 – acesso em 01/10/2011.



 


 


 


 


Faxina verde-amarela



          Quarta-feira, 7 de setembro de 2011. Não foi mais uma festa da Independência, com desfile, continência e homenagem às autoridades da República. Foi diferente. Assistiu-se ao primeiro lance de um movimento de cidadania que tem tudo para mudar a cara do Brasil.
          Convocadas pelas redes sociais, manifestações contra a corrupção atraíram pelo menos 30 mil pessoas em várias cidades do País, como Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O maior ato foi em Brasília, onde a Marcha Contra a Corrupção reuniu na Esplanada dos Ministérios cerca de 25 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, durante o desfile em comemoração do Dia da Pátria. Os manifestantes apareceram com faixas, cartazes, vassouras representando a faxina na política, nariz de palhaço e roupa preta.
          Entre os alvos do protesto, o Congresso Nacional, criticado pela vexatória absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada recebendo propina. O movimento cobrou punição dos envolvidos no mensalão do PT, aquele que o ex-presidente Lula diz que nunca existiu. A passeata ocorreu uma semana após o congresso nacional do PT deixar claro que não apoia nenhum tipo de faxina anticorrupção no governo e considerar que esses movimentos são parte de uma "conspiração midiática" e uma forma de promover a "criminalização generalizada" da base aliada ao Planalto. Mas os manifestantes deixaram claro que não admitem a interrupção da faxina em nome da governabilidade. O poderoso PMDB e os outros partidos da base aliada sentiram a mordida da cidadania. O jogo começou e ninguém conseguirá parar no apito ou ganhar no tapetão.
          Jovens, muitos jovens, exigiram a aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa - que depende de julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF). As faixas tinham frases fortes e bem-humoradas. Havia dizeres como: "País rico é país sem corrupção" (referência ao slogan do governo federal "País rico é país sem miséria"). O povo, mais perspicaz do que se pensa, sabe que a dinheirama da corrupção está na raiz da pobreza dos brasileiros. Verbas públicas, desviadas da saúde, da educação, da agricultura, engordam as contas dos parasitas da República e emagrecem a vida e a esperança dos brasileiros.
          Um grupo de estudantes se destacou no meio da multidão com baldes e vassouras para completar a "faxina" anticorrupção do governo Dilma. Os jovens foram "limpar" o Ministério da Agricultura, pasta envolvida no escândalo de corrupção que culminou na queda do ministro Wagner Rossi. "Vamos tentar ir além, já que parece que ela (Dilma) não está muito a fim de continuar com o serviço", disse o estudante Arthur Alves, de 20 anos. Sobrou para todo mundo. "Contra Sarney e sua gangue", "Menos ratos e mais ratoeiras", "Não precisa de CPMF, basta não roubar". O pessoal lavou a alma.
          Depois dos protestos realizados no Dia da Independência, os jovens prometem mais. O Rio de Janeiro já prepara um grande evento no próximo dia 20, a partir das 17 horas, na Cinelândia. O protesto, organizado pelo movimento Todos Juntos Contra a Corrupção, criado em agosto deste ano nas redes sociais, também será realizado, simultaneamente, em São Paulo, Campo Grande, Recife e Manaus, entre outras capitais. Depois vem aí outra importante rodada de manifestações, marcada para 12 de outubro. Sobram motivos para acreditar que será maior e mais capilar.
          Evoco, amigo leitor, um episódio de 2006, ano em que o mensalão do PT parecia que podia terminar em punição. Acabou em pizza. Infelizmente. Agora, o STF pode reverter o quadro. Depois de uma conversa com estudantes em São Paulo, fui abordado por um universitário. Leitor voraz, inteligente e apaixonado, seus olhos emitiam um sinal de desalento. "Deixei de ler jornais", disse de supetão. "Não adianta o trabalho da imprensa", prosseguiu meu jovem interlocutor. "A impunidade venceu."
          Confesso, caro leitor, que meu otimismo natural estremeceu. Não se tratava do comentário de alguém situado no lusco-fusco da existência. Não. Era o diagnóstico de quem estava nascendo para a vida. Por uns momentos, talvez excessivamente longos, uma pesada cortina toldou o meu espírito. Acabei reagindo, pois acredito na imensa capacidade humana de reconstruir a ordem social. E o Brasil, não obstante os reiterados esforços de implosão da verdade (a mentira e o cinismo tomaram conta da vida pública) e de recorrentes tentativas de cerceamento da liberdade de imprensa e de expressão, ainda conserva importantes reservas éticas. Escrevi, então, aos homens de bem. Eles existiam e existem. E são mais numerosos do que podem imaginar os voluptuosos detentores do poder.
          Escrevi aos políticos que ainda acreditam que a razão de ser do seu mandato é um genuíno serviço à sociedade. Escrevi aos magistrados, aos membros do Ministério Público, aos policiais, aos servidores do Estado. Escrevi aos educadores, aos estudantes, às instituições representativas dos diversos setores da sociedade. Escrevi aos meus colegas da mídia, depositários da esperança de uma sociedade traída por suas autoridades. Escrevi aos pais de família. Escrevi, enfim, ao meu jovem interlocutor. Queria justificar as razões do meu otimismo.
          Faço-o agora, passados exatos cinco anos. O Brasil está, de fato, passando por uma profunda crise ética. A corrupção, infelizmente, sempre existirá. Ela é a confirmação cotidiana da existência do pecado original. Mas uma coisa é a miséria do homem; outra, totalmente diferente, é a indústria da corrupção. Esta, sem dúvida, deve e pode ser combatida com os instrumentos de uma sociedade democrática. Vislumbro nas passeatas da faxina verde-amarela um reencontro do Brasil com a dignidade e a esperança.

Carlos Alberto Di Franco - O Estado de S. Paulo - 19/09/2011 – acesso em 01/10/2011.







Um olho aberto


         
Quer Dilma queira, quer não, parte da classe média furiosa com a roubalheira debita na sua conta o que a mídia teima em chamar de "faxina ética". E a aplaude. Ironia para Lula ser sucedido por quem parece ter dificuldades em tolerar malfeitos. Ou por quem carece de cara de pau e de gogó afiado para justificar o injustificável. Como ele faz.

          Notem que no parágrafo anterior deixei Dilma bem e mal ao mesmo tempo. Bem por apontá-la como uma pessoa, ao que tudo indica, pouco à vontade para engolir malfeitos. Mal por insinuar que procede assim à falta do cinismo e da lábia que sobram em Lula. Descartem a hipótese de que faço média à esquerda e à direita. Ou que dissimulo.

          Como Dilma não costuma contar a ninguém o que lhe vai na alma e detesta auxiliares boquirrotos, só me resta tentar perceber seus verdadeiros sentimentos. Dilma lamentou ter herdado ministros de Lula? É provável que sim. Mas ela é realista o bastante para lembrar que Lula tinha esse direito ora se tinha! Faz favor...

          Restava-lhe dar tempo ao tempo. Empossado pelo destino em 1985, José Sarney levou apenas um ano para livrar-se de ministros nomeados pelo presidente Tancredo Neves aquele que subiu a rampa do Palácio do Planalto dentro de um caixão. Um ano para Dilma estava de bom tamanho. Eis, porém, que entra em cena o imprevisto.

          Quando ministro da Previdência do governo Lula, o senador Romero Jucá (PMDB- RR) foi acusado de oferecer fazendas fantasmas como garantia de empréstimos que tomara em bancos oficiais. Lula o manteve no cargo do mesmo modo como Dilma tentou manter Antonio Palocci na Casa Civil, ao se tornar público seu súbito enriquecimento.
No caso de Palocci não deu. Uma vez demitido, a ele se seguiram os ministros dos Transportes, da Agricultura e, finalmente, o do Turismo, os três suspeitos de envolvimento em falcatruas. Do último, Pedro Novais, diz-se que era homem de confiança de Sarney. Como seu substituto, Gastão Vieira, também é. Nada a corrigir.

          Acontece que Novais virou ministro por empenho dos colegas Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara dos Deputados, e Eduardo Cunha (PMDBRJ). Sarney faturou em silêncio uma indicação que não foi bancada por ele. No que Novais, mais tarde, naufragou, Sarney foi à luta em silêncio e emplacou Gastão.

          Henrique Eduardo e Eduardo Cunha deram com a cara na parede. Suaram a camisa para nomear ministro um de dois deputados dispostos a fazer-lhes todas as vontades se chegassem lá um de Sergipe, outro da Paraíba. Não eram bons candidatos. Um flertou com dinheiro para a abertura de estradas. Outro com a encomenda de assassinatos.

         Com razão ou sem, o pessoal começa a achar que Dilma cedeu à pressão coletiva contra a lambança desregrada. Em primeiro lugar, ponto para o próprio pessoal, que se acha autor da pressão. Em segundo, para Dilma. Ao contrário de Lula, ela não fecha inteiramente os olhos à corrupção. Mantém aberto pelo menos um deles.

          É assim que o pessoal anda pensando, segundo atestam pesquisas aplicadas para consumo interno do governo. Guardadas em sigilo, mas consultadas por Dilma de vez em quando, elas coincidem com outras encomendadas por partidos de oposição, tão ou mais desorientados do que peru bêbado à espera do golpe fatal.

          Por que Dilma não mete o pé na bunda dos meliantes infiltrados nos partidos e só escala gente boa para ajudá-la a governar? Ora, porque tem mais meliantes do que gente boa dentro dos partidos, aposta o pessoal ouvido nas pesquisas. E, se ela resolve excluir os meliantes, correrá o risco de não conseguir governar.

          Dilma também não pode falar em faxina ética, nem ter a iniciativa escancarada de promovê-la a qualquer preço. Seria suicídio. Entende o pessoal que ela deve agir com discrição e a reboque das denúncias publicadas pela mídia. De resto, é razoável argumentar que lhe seria impossível ignora-las. Lula só existe um.



RICARDO NOBLAT- O GLOBO - 19/09/1 1- acesso em 01/10/2011.







Política sem política



          Na História do Brasil republicano, Dilma Rousseff é a presidente que mais exonerou ministros em menos de um ano de governo. Mas, curiosamente, não identificou nada de anormal na sua administração. Como se as demissões por graves acusações de corrupção fossem algo absolutamente rotineiro. E ocorressem em qualquer país democrático. Todas as demissões seguiram um mesmo ritual: começaram por denúncias publicadas na imprensa e, semanas (ou meses) depois, quando não havia mais nenhuma condição de manter o ministro no cargo, este pedia para sair.

         Na ópera-bufa da política nacional, isso passou a fazer parte do figurino. O fecho do processo se repete: é necessário também emitir alguma crítica genérica sobre a corrupção, sem identificar o destinatário. Na hora da posse do novo ministro, deve ser elogiado o antecessor (o elogio será mais extenso e efusivo dependendo de quão poderoso for o padrinho político do ministro). Semanas depois as acusações desaparecem em meio a um novo escândalo.
          O Brasil foi, ao longo do tempo, esgarçando os princípios morais e éticos. Em 1954 chamou-se "mar de lama" a um conjunto de pequenas mazelas que envolviam a ação de Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do presidente Getúlio Vargas. Hoje Gregório seria considerado um iniciante, até um ingênuo. A corrupção permeia todas as esferas do poder e conta com o silêncio complacente do Judiciário.

          Em meio a esta turbulência, a oposição não sabe bem o que fazer. Está paralisada. Na base governamental temos alguns senadores que manifestam - ainda que timidamente - algum tipo de independência, como os peemedebistas Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon. Vivem uma constante crise de identidade. Sentem-se envergonhados como membros de um partido marcadamente fisiológico, mas não assumem claramente uma posição oposicionista. Nesse contorcionismo perdem espaço e são usados pelo governo, como na tentativa de criar uma frente suprapartidária para dar apoio à presidente no combate à corrupção, que serviu para desviar as atenções da proposta de CPI. O mais estranho é que a presidente não só não pediu apoio, como não fez nenhum movimento de simpatia. Deixou, literalmente, os senadores com a vassoura na mão.

          Do lado propriamente oposicionista, continua a triste batalha dostoievskiana. O ódio entre os seus principais líderes deixaria enrubescido o patriarca da família Karamazov. A disputa interna fratricida paralisa qualquer ação. Não há projetos partidários. É uma espécie de cada um por si. E todos se acham espertos. Atualmente, a maior das espertezas é buscar apoio do governo para ampliar o seu poder na oposição. Algo no terreno do fantástico e fadado, obviamente, ao fracasso. Contudo, durante algumas semanas, dá ao líder oposicionista uma aura de sagacidade.

          Enquanto isso, o País assiste a espetáculos dantescos de malversação dos recursos públicos, à permanência da inépcia governamental e ao agravamento homeopático dos efeitos internos da crise internacional. Em qualquer país democrático seria um terreno fértil para a oposição. Mas não no Brasil. Aqui, o velho discurso reacionário de que fazer oposição é ser contra o País ainda é dominante. A oposição tem medo de ser oposição. Foge do confronto como o diabo da cruz. Deve sentir vergonha por ter recebido a confiança de 44 milhões de eleitores na última eleição presidencial.

          Vivemos num ambiente despolitizado. E isso é adequado ao projeto petista de permanecer décadas no poder. Logo vai completar a primeira. E o partido já está fazendo de tudo (e sabemos o que significa esse "de tudo") para tornar esse plano viável. A figura do ex-presidente Lula é central para cimentar as alianças políticas e empresariais. Afinal, todos sabem que sem Lula o projeto cai por terra. Somente ele consegue dar coerência a uma base política tão heterodoxa, que vai de Paulo Maluf ao MST. Mas para isso, muito mais que o discurso, é indispensável manter uma taxa de crescimento que permita concessões aos mais variados setores sociais, conforme o seu poder de barganha. E aí é que mora o grande desafio do governo, e não na tímida oposição.

          São evidentes as diferenças e a qualidade da ação entre governo e oposição. Basta observar os movimentos dos dois últimos ex-presidentes. Lula sabe muito bem o que quer. Não para de articular um só minuto. E não perde oportunidade para atacar a oposição. Do lado da oposição, Fernando Henrique Cardoso parece que vive em outro mundo. Confundiu um elogio meramente protocolar da presidente Dilma com uma revisão ideológica do seu governo por parte dos petistas (que em momento algum foi realizada). Extasiado, não parou de elogiar a presidente e os "esforços" para combater a corrupção. Ou seja, um está atuando ativamente no presente para impor a qualquer preço o seu projeto, o outro está preocupado com o futuro, de como ficará o seu retrato na História.

          Nesse ritmo, Lula vai coroando de êxito o seu projeto. Espera vencer as eleições municipais, especialmente em São Paulo. Com o triunfo deverá estabelecer um arco de alianças ainda mais amplo que o atual. É o primeiro passo concreto para retornar à Presidência em 2014 e permanecer, pelo menos, mais oito anos no poder. Caberá a Dilma continuar despachando como uma espécie de presidente interina, aguardando o retorno do titular.
          E a oposição? Ah, esta lembra o Visconde Reinaldo, personagem de O Primo Basílio. Quando falava de Lisboa, sempre aguardava um terremoto, como o de 1755, que destruiu a cidade. Como não faz política, a oposição, espera também um terremoto: é a crise internacional. Mas, assim como o hábito não faz o monge, a crise, por si só, não fará ressurgir a oposição.



MARCO ANTONIO VILLA - O Estado de S.Paulo - 17/09/11 – acesso em 01/10/2011.



PLANEJAMENTO ANUAL DE LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO MÉDIO

ANO - 2012

Escola Estadual Bairro Vargem

Professor João Pereira Leite



Sobre a organização dos conteúdos básicos para o Ensino Médio



No Ensino Médio, os conteúdos disciplinares estão organizados em quatro grandes campos de estudo que se entrecruzam e se orientam a partir de importantes questionamentos sociais. Cada um desses eixos sugere uma questão que será respondida no decorrer do bimestre. Essa questão central estabelece a abordagem dos diferentes conteúdos em cada campo de estudo da disciplina. Por isso, um mesmo conteúdo pode surgir em mais de um bimestre, de acordo com os limites estabelecidos pelo eixo organizador.

Esses eixos centram-se no indivíduo que se constitui na linguagem verbal como ser humano, em sua subjetividade, portanto, único em relação aos outros, e ser social, ou seja, parte constitutiva de um todo histórico, social e culturalmente construído.

Os campos de conteúdos tratam o fenômeno linguístico nas dimensões discursiva, semântica e gramatical. Dessa forma, procura-se desenvolver o olhar dialético entre o intrinsecamente linguístico e as dimensões subjetivas e sociais.



Os campos de estudo de organização dos conteúdos são os seguintes:



1. Linguagem e sociedade - Neste campo, o objetivo central é a análise, principalmente externa, da língua e da literatura, em sua dimensão social, como instituições.



2. Leitura e expressão escrita - Neste campo, o objetivo principal é o estudo das características dos gêneros textuais, desde o lugar do receptor e/ou produtor na materialidade escrita da linguagem verbal. Os gêneros textuais são concebidos como acontecimentos sociais em que interagem características específicas do gênero com elementos sociais e subjetivos.



3. Funcionamento da língua - Neste campo, o objetivo principal é a análise interna da língua e da literatura como realidades (intersemióticas).



4. Produção e compreensão oral - Neste campo, o objetivo principal é o estudo de aspectos relacionados à produção e escuta do texto oral.



Dessa forma, na maior parte das vezes, optamos por inter-relacionar tais campos de estudo em uma determinada abordagem. Assim, por exemplo, ao falarmos do gênero poema em gêneros textuais, no primeiro bimestre, parece-nos importante associá-lo a outros, como a lusofonia e a história da Língua Portuguesa, e à construção da textualidade. Por sua vez, tratarmos da lusofonia remete-nos facilmente às relações históricas entre linguagem e gramática, e assim por diante. Em outras palavras, os diferentes campos de estudo devem ser trabalhados, quase sempre, interligados, com vistas a aprofundar o eixo organizador do bimestre.





METODOLOGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM





• Em todas as séries, a valorização de interfaces entre o conhecimento reflexivo de conteúdos linguísticos e literários e o cotidiano cultural em que o aluno está inserido. O objetivo é que tais conteúdos sejam não apenas “passados”, mas que se tornem objeto de constante reflexão. Para esse fim, valorizam-se diferentes esferas de atividades com a linguagem, que a consideram a partir de variadas perspectivas (extra e intralinguísticas), visando a surpreendê-la em sua multiplicidade dinâmica e social.

• A não divisão do estudo da Língua Portuguesa nas tradicionais frentes (Literatura, Gramática e Redação). Isso se dá por diferentes motivos:



a) O texto literário, pela sua natureza, pode ser contemplado em diferentes disciplinas. A escolha, contudo, de situar o estudo literário dentro da disciplina Língua Portuguesa deve condicionar e orientar os olhares e a prática didática com tal texto. Desse modo também, o estudo literário, na escola, abre-se ao diálogo com outras disciplinas, participando nas diferentes estratégias de formação do leitor.



b) O estudo da Língua Portuguesa, tal como aqui proposto, não é satisfatoriamente atendido na tradicional divisão em três frentes. Vale lembrar que partimos sempre, em nossos estudos, de um determinado contexto sociocultural que encaminha e condiciona o nosso trabalho com a linguagem.

Esse mesmo contexto é também o ponto de chegada, de tal modo que o conhecimento de linguagem possa, efetivamente, propiciar a transformação da realidade da qual partimos.

c) O processo de escrita, quando considerado em sua dinâmica social, ultrapassa as propostas tradicionalmente convencionais de uma aula de redação ou de produção textual. Isso porque ensinar as regras inerentes à estrutura de determinado gênero textual não é necessariamente permitir que o educando tenha uma experiência real com o processo de escrita. Escrever é uma prática social e assim deve ser sempre considerada. Essa perspectiva não deve desaparecer da proposta pedagógica

da disciplina Língua Portuguesa, mesmo quando ela se detiver em estudos morfossintáticos ou que

exijam maior abstração.



d) O conhecimento compartimentado em Gramática, Literatura e Redação não promove o desenvolvimento de uma consciência linguística de produção e recepção textual que se evidencia em todas as práticas sociais.



• Em todos os bimestres, são apresentadas, em média, cinco Situações de Aprendizagem. Essas Situações intercalam diferentes objetivos linguísticos, literários e sociais, o que possibilita um movimento espiralado de construção de conhecimentos. Esse movimento de ir e vir permite retomar atividades realizadas em outros momentos, analisando-as à luz de novos conceitos construídos em sala de aula. Além disso, possibilita que o professor tenha tempo suficiente para a correção de textos produzidos pelos alunos.



• O desenvolvimento de habilidades entrelaça-se ao conhecimento de conteúdos da área da Linguagem, particularmente à linguagem verbal, visando a construir uma única realidade. Cada Situação de Aprendizagem, no Caderno do Professor, começa com um quadro que indica os conteúdos e as habilidades que serão desenvolvidas. Cada Situação de Aprendizagem faz interagir diferentes habilidades que se deseja que os educandos desenvolvam com conhecimentos específicos dos estudos literários e linguísticos. A sequência de conteúdos, não obstante priorize o desenvolvimento de habilidades, procura respeitar, sempre que possível, a ordem mais comum encontrada nos diferentes materiais didáticos a que o professor tem acesso. Podemos citar vários exemplos, entre eles, o fato de aprofundarmos a discussão do que é Literatura na 1a série, discutirmos o Romantismo e o Realismo na 2a série e discorrermos sobre a Modernidade na 3a série. Também, pelo mesmo motivo, detemo-nos primeiro em aspectos morfológicos para, depois, adentrar na sintaxe.







AVALIAÇÃO



                A avaliação deverá ser feita numa perspectiva construtivo-interacionista, isto é, considerar o aluno como um ser ativo e criador e, por isso capaz de superar as convenções e promover a transformação. Cada indivíduo trabalha e reelabora as informações recebidas, daí a necessidade de se considerar na avaliação, não somente o produto, mas principalmente o processo.

            Ao avaliar os educandos, não poderá perder de vista os objetivos que são traçados, as atividades que se propõe a desenvolver, como o aluno se apresenta antes e depois das atividades desenvolvidas, isto é, o que ele aprendeu efetivamente e a relevância desses conhecimentos.

            Na interpretação dos resultados de uma avaliação precisa-se, pois, considerar também a forma utilizada para ministrar os conteúdos, as oportunidades que o aluno teve para comparar, compreender, selecionar, refazer, transformar e sintetizar os dados.

            A avaliação deverá ser encarada como parte do processo de ensino-aprendizagem, pois ela não se converte num momento estanque, nem punitivo, mas numa atividade necessária para dimensionar o trabalho já desenvolvido e redimensionar o trabalho futuro.

            De acordo com a Proposta Curricular do Estado há três procedimentos de avaliação importantes que devem ser levados em conta no correr dos bimestres e que foram considerados nos cadernos bimestrais: aquele que surge do processo educativo e incluir o olhar comprometido do professor com o avanço de cada turma; o que se origina das diversas avaliações formais produzidas durante o bimestre, e provas individuais, ao final de cada bimestre.

            Serão avaliadas também discussões em classe, análise do caderno do aluno e textos produzidos pelos alunos. Essas habilidades e competências desenvolvidas ao longo do ano devem ser pautadas em quatro olhares:

1. Processo: olhar de modo comprometido e profissional o desenvolvimento das atividades dos alunos em sala de aula, atentos a suas dificuldades e melhoras.

2. Produção continuada: olhar a produção escrita e outras atividades de produção e exercícios solicitados durante o bimestre.

3. Pontual: olhar atentamente a prova escrita individual.

4. Avaliação externa: Olhar o desenvolvimento das competências e habilidades do aluno nas diversas provas realizadas durante o ano letivo e sua evolução.

Essas diferentes avaliações permitem que se retomem as reflexões do dia a dia da sala de aula, permitindo a análise dos pontos que não foram satisfatoriamente atingidos e que devem ser considerados para uma retomada dos conteúdos para uma melhor fixação.



1.º ANO  

CONTEÚDOS DO 1.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

As diferentes mídias

A língua e a constituição psicossocial do indivíduo

A língua portuguesa na escola: o gênero textual no cotidiano escolar

A literatura na sociedade atual

Lusofonia e história da língua portuguesa

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Relações de conhecimento sobre o gênero do texto e antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Projeto de texto

• Construção do texto

• Revisão

Textos prescritivos (foco: escrita)

Projeto de atividade midiática (reportagem fotográfica, propaganda, documentário em vídeo, entre outros)

Texto lírico (foco: leitura)

Poema: diferenças entre verso e prosa

Texto narrativo (foco: leitura)

Conto tradicional

Texto argumentativo (foco: escrita)

• Opiniões pessoais

Texto expositivo (foco: leitura e escrita)

• Tomada de notas

• Resumo de texto audiovisual (novela televisiva, filme, documentário, entre outros)

• Legenda

Relato (foco: leitura e escrita)

• Notícia

Informação, exposição de ideias e mídia impressa.

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura

Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Funcionamento da língua

Análise estilística: verbo, adjetivo e substantivo.

Aspectos linguísticos específicos da construção do gênero

Construção da textualidade

Identificação das palavras, sinonímia e ideias-chave em um texto.

Lexicografia: dicionário, glossário, enciclopédia.

Visão crítica do estudo da gramática

Compreensão e discussão oral

A oralidade nos textos escritos

Discussão de pontos de vista: Literatura e Arte

Expressão oral e tomada de turno

HABILIDADES

Espera-se que, tendo como principal referência as esferas de atividades relacionadas com o estudo, bem como a construção semiótico-cultural do conceito de literatura, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita, os alunos façam uso de diferentes tipos textuais, priorizando, contudo, a tipologia expositiva, e desenvolvam as seguintes habilidades:

• Relacionar o uso da norma-padrão às diferentes esferas de atividade social

• Identificar ideias-chave em um texto, concatenando-as na elaboração de uma síntese.

• Elaborar projetos escritos para executar atividades

• Elaborar sínteses de textos verbo-visuais, compreendendo a linguagem como realização cotidiana em circulação social por meio de gêneros textuais de diferentes tipologias.

• Reconhecer os elementos básicos da narrativa literária

• Reconhecer a língua portuguesa como realidade histórica, social e geográfica, como manifestação do pensamento, da cultura e identidade de um indivíduo, de um povo e de uma comunidade.

• Elaborar estratégias de leitura e de produção de textos diversos (verbais e não verbais), respeitando as suas diferentes características de gênero e os procedimentos de coesão e coerência textuais.

• Relacionar linguagem verbal literária com linguagem não verbal

• Construir sentido pela comparação entre textos a partir de diferentes relações intertextuais

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos produzidos pelo uso das diferentes classes morfológicas estudadas no bimestre: verbo, adjetivo, substantivo.



CONTEÚDOS DO 2.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

A exposição artística e o uso da palavra

Comunicação e relações sociais

Discurso e valores pessoais e sociais

Literatura e Arte como instituições sociais

Variedade linguística: preconceito linguístico

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Conhecimento sobre o gênero do texto e a antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Projeto de texto

• Construção do texto

• Revisão

Texto prescritivo (foco: escrita)

• Projeto de atividade extracurricular

Texto narrativo (foco: leitura)

• Crônica

Texto teatral (foco: leitura)

Diferenças entre texto teatral e texto espetacular

• Fábula

Texto lírico (foco: leitura)

• Poema

Texto expositivo (foco: leitura e escrita)

• Folheto

• Resumo

O texto literário e a mídia impressa

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura• Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Funcionamento da língua

Análise estilística: verbo

Aspectos linguísticos específicos da construção do gênero

Construção da textualidade

Identificação das palavras, sinonímia e ideias-chave em um texto.

Intertextualidade: interdiscursiva, inter genérica e referencial, temática.

Lexicografia: dicionário, glossário, enciclopédia.

O conceito de gênero textual

Polissemia

Compreensão e discussão oral

Discussão de pontos de vista em textos literários

Expressão de opiniões pessoais

Situação comunicativa: contexto e interlocutores

HABILIDADES

Espera-se que, tendo como principal referência as esferas de atividades relacionadas com o estudo, bem como a construção semiótico-cultural do conceito de literatura, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita, os alunos façam uso de diferentes tipos textuais, priorizando, contudo, a tipologia expositiva, e desenvolvam as seguintes habilidades:

• Adaptar textos em diferentes linguagens, levando em conta aspectos linguísticos, históricos e sociais.

• Reconhecer características básicas do texto dramático teatral

• Localizar informações visando a resolver problemas, no campo das instituições linguística e literária, em dicionários, enciclopédias, gramáticas, internet etc.

• Avaliar a própria expressão oral ou a alheia durante ou após situações de interação, fazendo, quando possível, os ajustes necessários.

• Analisar textos que transcrevem a fala ou que fazem interagir linguagens verbal e não verbal, tais como as relações entre legenda e fotografia etc.

• Distinguir as marcas próprias do texto literário e estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.

• Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário com os contextos de produção, para atribuir significados de leituras críticas em diferentes situações.

• Estabelecer relações entre as informações do texto lido com outras de conhecimento prévio

• Identificar em textos o uso de tempos verbais no eixo do presente ou do pretérito para reconhecer eventos anteriores e posteriores a esses tempos

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos produzidos pelo uso do verbo

• Utilizar procedimentos iniciais para a elaboração do texto: estabelecer o tema; pesquisar ideias e dados; planejar a estrutura; formular projeto de texto.



CONTEÚDOS DO 3.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

A literatura como sistema intersemiótico

O eu e o outro: a construção do diálogo e do conhecimento

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Conhecimento sobre o gênero do texto e a antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Projeto de texto

• Construção do texto

• Revisão

Texto prescritivo (foco: escrita)

• Projeto de texto

Texto argumentativo (foco: leitura e escrita)

• Estrutura tipológica

Texto expositivo (foco: leitura e escrita)

• Fôlder

• Entrevista

Texto lírico (foco: leitura)

• O poema e o contexto histórico

Texto narrativo (foco: leitura)

• O conto

• Comédia e tragédia (semelhanças e diferenças)

As entrevistas e a mídia impressa

Relações entre literatura e outras expressões da Arte

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura

Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura.

Funcionamento da língua

Análise estilística: verbo, adjetivo, substantivo.

Aspectos linguísticos específicos da construção do gênero

Construção da textualidade

Construção linguística da superfície textual: coesão

Identificação das palavras, sinonímia e ideias-chave em um texto.

Intertextualidade: interdiscursiva, intergenérica, referencial e temática.

Intersemioticidade

Lexicografia: dicionário, glossário, enciclopédia.

Relações entre os estudos de literatura e linguagem

Compreensão e discussão oral

Discussão de pontos de vista em textos literários

Expressão de opiniões pessoais

Hetero e autoavaliação

HABILIDADES

Espera-se que, tendo como principal referência as esferas de atividades relacionadas com o estudo, bem como a construção semiótico-cultural do conceito de literatura, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita, os alunos façam uso de diferentes tipos textuais, priorizando, contudo, a tipologia expositiva, e desenvolvam as seguintes habilidades:

• Construir um conceito de Literatura a partir de sua dimensão semiótica, compreendendo-o como sistema intersemiótico.

• Analisar, em um texto, os mecanismos linguísticos utilizados na sua construção.

• Reconhecer diferentes elementos internos e externos que estruturam uma entrevista, apropriando-se deles no processo de construção do sentido.

• Reconhecer marcas da alteridade do coenunciador presentes no texto

• Identificar e explicar as diferenças entre comédia e tragédia

• Reconhecer, em contos, entrevistas e poemas, marcas linguísticas que singularizam os diferentes gêneros.

• Identificar os efeitos de sentido resultantes do uso de determinados recursos expressivos, em contos, entrevistas e poemas.

• Reconhecer características básicas do poema lírico

• Posicionar-se criticamente diante do texto do outro, defendendo ponto de vista coerente a partir de argumentos.

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos produzidos pelo uso das diferentes classes morfológicas e discursivas: verbo e conectores



CONTEÚDOS DO 4.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

A construção do caráter dos enunciadores

A palavra: profissões e campo de trabalho

O texto literário e o tempo

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Conhecimento sobre o gênero do texto e a antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Projeto de texto

• Construção do texto

• Revisão

Texto narrativo (foco: leitura)

• Prosa literária: comparação entre diferentes gêneros de ficção

• Cordel

• Epopeia

Texto argumentativo (foco: leitura e escrita)

Ethos e produção escrita

A opinião crítica e a mídia impressa

Estratégias de pós-leitura

• Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Intencionalidade comunicativa

Funcionamento da língua

Análise estilística: pronomes, artigos e numerais

Conhecimentos linguísticos e de gênero textual

Construção da textualidade

Intertextualidade: interdiscursiva, intergenérica, referencial e temática

Lexicografia: dicionário, glossário, enciclopédia.

Relações entre os estudos de literatura e linguagem

Compreensão e discussão oral

Discussão de pontos de vista em textos literários

Expressão de opiniões pessoais

Estratégias de escuta

HABILIDADES

Espera-se que, tendo como principal referência as esferas de atividades relacionadas com o estudo, bem como a construção semiótico-cultural do conceito de literatura, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita, os alunos façam uso de diferentes tipos textuais, priorizando, contudo, a tipologia exposição, e desenvolvam as seguintes habilidades:

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos produzidos pelo uso das diferentes classes morfológicas: verbo, artigos e numerais.

• Posicionar-se criticamente diante do texto do outro, defendendo ponto de vista coerente a partir de argumentos.

• Identificar e analisar mecanismos de ruptura no texto narrativo tradicional

• Reconhecer as principais diferenças e semelhanças entre gêneros literários narrativos

• Reconhecer e analisar a expressão literária popular, estabelecendo diálogos intertextuais com a produção literária erudita.

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos produzidos pelo uso das diferentes classes morfológicas: verbo, pronomes, artigos e numerais.

• Construir sentido pela comparação entre textos a partir de diferentes relações intertextuais







2.º ANO

CONTEÚDOS DO 1.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

A linguagem e a crítica de valores sociais

A palavra e o tempo: texto e contexto social

Como fazer para gostar de ler literatura?

O estatuto do escritor na sociedade

Os sistemas de arte e de entretenimento

O século XIX e a poesia

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Relações de conhecimento sobre o gênero do texto e antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Projeto de texto

• Construção do texto

• Revisão

Texto narrativo (foco: leitura)

• Textos em prosa: romance

• Comédia

Textos prescritivos (foco: escrita)

• Projeto de texto

Texto lírico (foco: leitura)

Poema: visão temática

Texto argumentativo (foco: leitura e escrita)

• Artigo de opinião

• Anúncio publicitário

Argumentação, expressão de opiniões e mídia impressa.

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura

• Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Funcionamento da língua

Análise estilística: conectivos

Aspectos linguísticos específicos da construção da textualidade

Construção linguística da superfície textual: uso de conectores

Coordenação e subordinação

Formação do gênero

Intertextualidade: interdiscursiva, intergenérica, referencial e temática.

Lexicografia: dicionário, glossário, enciclopédia.

Períodos simples e composto

Valor expressivo do período simples

Compreensão e discussão oral

Discussão de pontos de vista em textos criativos (publicitário)

HABILIDADES

Espera-se que, pelo uso de diferentes tipos textuais, tendo como principal referência as esferas de atividades relacionadas com a mídia, bem como as relações temporais entre linguagem e indivíduo, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita, e priorizando a tipologia argumentativa, os estudantes desenvolvam as seguintes habilidades:

• Distinguir as diferenças entre leitura de distração e leitura literária, atentando para o valor estético do texto ficcional.

• Sintetizar opiniões

• Distinguir enunciados objetivos e enunciados subjetivos

• Reconhecer, em textos, os procedimentos de convencimento utilizados pelo enunciador.

• Reconhecer o impacto social das diferentes tecnologias de comunicação e informação

• Analisar, em textos de variados gêneros, elementos sintáticos utilizados na sua construção.

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos, em um texto, produzidos tanto pelo uso de períodos simples ou compostos como pelo uso das conjunções.

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos produzidos pela coordenação e subordinação de períodos na construção de textos argumentativos

• Distinguir notícia de artigo de opinião

• Relacionar – em artigos de opinião e anúncios publicitários – opiniões, temas, assuntos, recursos linguísticos, identificando o diálogo entre as ideias e o embate dos interesses existentes na sociedade.

• Reconhecer as características que definem o gênero literário romance

• Estabelecer relações lógico-discursivas, analisando o valor argumentativo dos conectivos.

CONTEÚDOS DO 2.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

Literatura e seu estatuto

O escritor no contexto social-político-econômico do século XIX

O indivíduo e os pontos de vista e valores sociais

Romantismo e Ultrarromantismo

Valores e atitudes culturais no texto literário

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Relações de conhecimento sobre o gênero do texto e antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Planejamento

• Construção do texto

• Revisão

Texto prescritivo (foco: escrita)

• Projeto de texto

Texto narrativo (foco: leitura e escrita)

• Romance

• Conto fantástico

Texto lírico (foco: leitura)

• Poema: a denúncia social

Texto argumentativo (foco: leitura e escrita)

• Artigo de opinião

Argumentação, expressão de opiniões e mídia impressa.

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura

• Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Funcionamento da língua

• Análise estilística: advérbio e metonímia

• Aspectos linguísticos específicos da construção do gênero

• Coesão e coerência com vistas à construção da textualidade

Identificação das palavras e ideias-chave em um texto

Interação entre elementos literários e linguísticos

Intertextualidade: interdiscursiva, intergenérica, referencial, temática.

Lexicografia: dicionário, glossário, enciclopédia.

Processos interpretativos inferenciais: metáfora

Compreensão e discussão oral

Concatenação de ideias

Discussão de pontos de vista em textos opinativos

Expressão de opiniões pessoais

HABILIDADES

Espera-se que, pelo uso de diferentes tipos textuais, tendo como principal referência as esferas de atividades relacionadas com a mídia, bem como as relações temporais entre linguagem e indivíduo, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita, e priorizando a tipologia argumentativa, os estudantes desenvolvam as seguintes habilidades:

• Inferir o sentido de palavras ou expressões em textos literários do século XIX, considerando o contexto que as envolve.

• Contextualizar histórica e socialmente o texto literário produzido no século XIX

• Reconhecer diferentes elementos que estruturam o texto narrativo (personagens, marcadores de tempo e de localização, sequência lógica dos fatos) na construção do sentido do romance e do conto do século XIX, apropriando-se deles no processo de elaboração do sentido.

• Formular opinião sobre determinado fato artístico, científico ou social, defendendo-a por meio de argumentação lógica.

• Estabelecer relação entre a tese e os argumentos apresentados para defendê-la ou refutá-la

• Inferir tese, tema ou assunto principal nos gêneros textuais: artigo de opinião, romance, conto fantástico e poema.

• Reconhecer recursos prosódicos e expressivos frequentes em texto poético (rima, ritmo, assonância, aliteração), estabelecendo relações entre eles e o tema do poema.

• Reconhecer o texto literário produzido no século XIX como fator de promoção dos direitos e valores humanos atualizáveis na contemporaneidade

• Identificar o valor semântico e expressivo do advérbio na construção coesiva de um texto

• Identificar o valor expressivo da metáfora e da metonímia na construção coesiva de um texto

• Confrontar um texto produzido antes do século XX com outros textos, opiniões e informações, posicionando-se criticamente, levando em conta os diferentes modos de ver o mundo presente.

• Diferenciar ideias centrais e secundárias de um texto

CONTEÚDOS DO 3.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

Ética, sexualidade e linguagem.

Literatura e seu estatuto

O escritor no contexto social-político-econômico do século XIX

As propostas pós-românticas e a literatura realista e naturalista

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Relações de conhecimento sobre o gênero do texto e antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Planejamento

• Construção do texto

• Revisão

Texto prescritivo (foco: escrita)

• Projeto de texto

Texto expositivo (foco: leitura e escrita)

• Reportagem

• Correspondência

Texto narrativo (foco: leitura)

• O símbolo e a moral

Texto lírico (foco: leitura)

• O símbolo e a moral

• Poema: a ruptura e o diálogo com a tradição

Relato (foco: escrita)

• Ensaio ou perfil biográfico

A expressão de ideias e conhecimentos e a mídia impressa

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura

• Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Funcionamento da língua

A sequencialização dos parágrafos

Análise estilística: preposição

Aspectos linguísticos específicos da construção do gênero

Coesão e coerência com vistas à construção da textualidade

Intertextualidade: interdiscursiva, intergenérica, referencial, temática.

Lexicografia: dicionário, glossário, enciclopédia.

Compreensão e discussão oral

Concatenação de ideias

Intencionalidade comunicativa

Discussão de pontos de vista em textos opinativos

Hetero e autoavaliação

HABILIDADES

Espera-se que, pelo uso de diferentes tipos textuais, tendo como principal referência as esferas de atividades relacionadas com a mídia, bem como as relações temporais entre linguagem e indivíduo, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita, e priorizando a tipologia argumentativa, os estudantes desenvolvam as seguintes habilidades:

• Relacionar diferentes produções textuais aos valores próprios da sexualidade e contemporaneidade

• Relacionar a produção textual presente à herança cultural acumulada pela língua portuguesa nos processos de continuidade e ruptura

• Organizar adequadamente os parágrafos de um texto visando a atingir a proposta enunciativa

• Elaborar estratégias de produção de textos expositivos e argumentativos

• Inferir tese, tema ou assunto principal nos diferentes gêneros: reportagem, correspondência, poema, ensaio e/ou perfil biográfico.

• Concatenar ideias na estruturação de um texto argumentativo

• Relacionar a construção da subjetividade à expressão literária em textos do século XIX

• Analisar e revisar o próprio texto em função dos objetivos estabelecidos, da intenção comunicativa e do leitor a que se destina.

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos produzidos pelo uso dos elementos de linguagem (preposição e conectivos) em textos variados

• Usar adequadamente os conectores na construção coesiva de um texto

CONTEÚDOS DO 4.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

Literatura e realidade social

Comunicação, sociedade e poder.

Ruptura e diálogo entre linguagem e tradição

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Relações de conhecimento sobre o gênero do texto e antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Planejamento

• Construção do texto

• Revisão

Texto literário (foco: leitura)

• Conto: a ruptura com a tradição

• Poema: subjetividade e objetividade

Texto expositivo (foco: leitura e escrita)

• Entrevista

Relato (foco: leitura e escrita)

• Reportagem

Texto informativo (foco: leitura e escrita)

• Fôlder ou prospecto

A expressão de opiniões pela instituição jornalística

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura

• Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Funcionamento da língua

Análise estilística: orações coordenadas e subordinadas

A sequencialização dos parágrafos

Conhecimentos linguísticos e de gênero textual

Coesão e coerência com vistas à construção da textualidade

Intertextualidade: interdiscursiva, intergenérica, referencial e temática.

Lexicografia: dicionário, glossário, enciclopédia.

Compreensão e discussão oral

Concatenação de ideias

Discussão de pontos de vista em textos opinativos

Estratégias de escuta

HABILIDADES

Espera-se que, pelo uso de diferentes tipos textuais, tendo como principal referência as esferas de atividades relacionadas com a mídia, bem como as relações temporais entre linguagem e indivíduo, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita, e priorizando a tipologia argumentativa, os estudantes desenvolvam as seguintes habilidades:

• Relacionar a produção textual presente à herança cultural acumulada pela língua portuguesa nos processos de continuidade e ruptura

• Relacionar a dimensão persuasiva da linguagem às diferentes vivências sociais visando a polemizar preconceitos e incoerências

• Concatenar adequadamente as diferentes frases de um texto visando à construção da textualidade

• Identificar, em textos literários dos séculos XIX e XX, as relações entre tema, estilo e contexto de produção.

• Relacionar o gênero textual conto à construção de expectativas de leitura

• Reconhecer processos linguísticos para romper com a tradição literária anterior ao século XX, na Literatura.

• Analisar o uso da linguagem na produção de entrevistas em interface com a construção da identidade social

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos produzidos pelo uso de orações coordenadas e subordinadas em textos variados

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos produzidos pelo uso de conectores em entrevistas





3.º ANO

 CONTEÚDOS DO 1.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

A literatura e a construção da modernidade e do moderno

Linguagem e o desenvolvimento do olhar crítico

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Relações de conhecimento sobre o gênero do texto e antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Planejamento

• Construção do texto

• Revisão

Textos prescritivos (foco: escrita)

• Projeto de texto

Texto narrativo (foco: leitura e escrita)

• A narrativa moderna

• Cartum ou HQ

Texto lírico (foco: leitura)

• A lírica moderna

Texto argumentativo (foco: leitura e escrita)

• Resenha crítica

Argumentação, crítica e mídia impressa.

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura

• Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Funcionamento da língua

A Língua Portuguesa e os exames de acesso ao Ensino Superior

Aspectos formais do uso da língua: ortografia e concordância

Aspectos linguísticos específicos da construção do gênero: uso do numeral

Categorias da narrativa: personagem, espaço e enredo.

Construção da textualidade

Identificação das palavras e ideias-chave em um texto

Intertextualidade: interdiscursiva, intergenérica, referencial e temática.

Linguagem e adequação vocabular

Valor expressivo do vocativo

O problema do eco em textos escritos

Resolução de problemas de oralidade na produção do texto escrito

Compreensão e discussão oral

A oralidade nos textos escritos

Discussão de pontos de vista em textos literários

A importância da tomada de turno

HABILIDADES

Espera-se que, tendo como principal referência a esfera de atividade profissões e o conceito semiótico-cultural de modernidade, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita e centradas em diferentes tipos textuais, priorizando, contudo, a tipologia argumentativa, os estudantes desenvolvam as seguintes habilidades:

• Relacionar as culturas produzidas, em língua portuguesa, em Portugal, na África e no Brasil.

• Construir um conceito de modernidade que explique fenômenos culturais e literários contemporâneos, relacionando, a partir desse conceito, as diferentes produções culturais contemporâneas.

• Relacionar diferentes produções artísticas e culturais contemporâneas com outras obras do passado, procurando aproximações de tema e sentido.

• Analisar os efeitos semânticos e expressivos produzidos pelo uso do vocativo em textos e frases

• Resolver problemas de oralidade na produção do texto escrito visando a adequar o texto à intencionalidade comunicativa

• Adequar o registro escrito e oral a situações formais de uso da linguagem

• Identificar e analisar características próprias da linguagem literária da modernidade

• Identificar a tese e ideias-chave em um texto argumentativo

CONTEÚDOS DO 2.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

A crítica de valores sociais no texto literário

Adequação linguística e ambiente de trabalho

A literatura e a construção da modernidade e do Modernismo

A língua portuguesa e o mundo do trabalho

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Relações de conhecimento sobre o gênero do texto e antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Planejamento

• Construção do texto

• Revisão

Texto prescritivo (foco: escrita)

• Projeto de texto

Texto narrativo (foco: leitura)

• Romance de tese

Texto lírico (foco: leitura)

• Poesia e crítica social

Texto argumentativo (foco: escrita)

• Dissertação escolar

Mundo do trabalho e mídia impressa

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura

• Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Funcionamento da língua

Adequação linguística e trabalho

Análise estilística: nível sintático

Conhecimentos linguísticos e de gênero textual

Construção da textualidade

Construção linguística da superfície textual: paralelismos, coordenação e subordinação.

Estrutura sintática e construção da tese

Intertextualidade: interdiscursiva, intergenérica, referencial e temática.

Lexicografia: dicionário, glossário, enciclopédia.

Compreensão e discussão oral

Expressão de opiniões pessoais

Identificação de estruturas e funções



HABILIDADES

Espera-se que, tendo como principal referência a esfera de atividade profissões e o conceito semiótico-cultural de modernidade, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita e centradas em diferentes tipos textuais, priorizando, contudo, a tipologia argumentativa, os estudantes desenvolvam as seguintes habilidades:

• Reconhecer diferentes elementos que estruturam o texto narrativo (personagens, marcadores de tempo e de localização, sequência lógica dos fatos) visando a resolver questões de acesso ao Ensino Superior.

• Usar adequadamente a norma-padrão formal da língua portuguesa na elaboração de respostas e textos dissertativos que atendam às solicitações de exames de acesso ao Ensino Superior e/ou seleções e entrevistas de emprego

• Contextualizar histórica e socialmente o texto literário

• Projetar dissertações escolares

• Relacionar contexto sociocultural a uma determinada obra literária produzida na segunda metade do século XX

• Analisar o paralelismo, particularmente como ele se manifesta na construção dos períodos do texto nos processos de coordenação e subordinação.

• Identificar, no texto, marcas de uso de variação linguística.

• Comparar as características de diferentes gêneros sobre a apresentação de um mesmo tema



CONTEÚDOS DO 3.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

África e Brasil: relações hipersistêmicas (cultura, língua e sociedade)

Diversidade e linguagem

Trabalho, linguagem e realidade brasileira.

Literatura modernista e tendências do pós-modernismo

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Relações de conhecimento sobre o gênero do texto e antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Planejamento

• Construção do texto

• Revisão

• Texto prescritivo (foco: escrita)

• Projeto de texto

Texto argumentativo (foco: escrita)

• Dissertação escolar

Texto literário narrativo e lírico (foco: leitura e escrita)

• Análise crítica de texto literário

• A prosa, a poesia, a paródia, a modernidade e o mundo atual.

Texto prescritivo (foco: leitura e escrita)

• Exames de acesso ao Ensino Superior ou de seleção profissional

Mundo do trabalho e mídia impressa

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura

• Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Funcionamento da língua

Conhecimentos linguísticos e de gênero textual

Construção da textualidade

Construção linguística da superfície textual: reformulação, paráfrase e estilização.

Intertextualidade: interdiscursiva, intergenérica, referencial e temática.

Lexicografia: dicionário, glossário, enciclopédia.

O clichê e o chavão

Compreensão e discussão oral

Expressão de opiniões pessoais

Hetero e autoavaliação

HABILIDADES

Espera-se que, tendo como principal referência a esfera de atividade profissões e o conceito semiótico-cultural de modernidade, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita e centradas em diferentes tipos textuais, priorizando, contudo, a tipologia argumentativa, os estudantes desenvolvam as seguintes habilidades:

• Considerar indícios de valores presentes na contemporaneidade manifestos na urdidura textual

• Analisar as intenções enunciativas dos textos literários na escolha dos temas, das estruturas e dos estilos, como procedimentos argumentativos.

• Elaborar a revisão de texto produzido seguindo procedimentos aprendidos na série

• Relacionar, como realidade cultural lusófona, as produções, em língua portuguesa, na África e no Brasil.

• Identificar o papel de categorias da enunciação – pessoa, tempo e espaço – na construção de sentidos para o texto.

• Usar conhecimentos de terceiros (citação) na produção de projeto de texto próprio, mantendo autoria.

• Relacionar, em produção textual, informações veiculadas pela mídia impressa sobre a esfera de atividades “trabalho e emprego” na produção de um texto dissertativo.

• Analisar criticamente as relações entre poesia da modernidade e a construção do mundo atual

• Identificar o valor discursivo e expressivo da estilização, da paródia e da reformulação na construção do sentido de um texto.

• Relacionar criticamente, na produção de um texto de acesso ao Ensino Superior, informações das diferentes áreas do saber: Filosofia, Economia, Sociologia, Literatura, Arte, entre outras.



CONTEÚDOS DO 4.º BIMESTRE

Esferas de atividades sociais da linguagem

Linguagem e projeto de vida

Leitura e expressão escrita

Estratégias de pré-leitura

• Relações de conhecimento sobre o gênero do texto e antecipação de sentidos a partir de diferentes indícios

Estruturação da atividade escrita

• Planejamento

• Construção do texto

• Revisão

Texto literário (foco: leitura e escrita)

• Análise crítica

Texto argumentativo (foco: escrita)

• Dissertação escolar

Texto prescritivo (foco: leitura e escrita)

• Exames de acesso ao Ensino Superior ou de seleção profissional

Texto expositivo (foco: oral e escrita)

• Discurso

Intencionalidade comunicativa

Estratégias de pós-leitura

• Organização da informação e utilização das habilidades desenvolvidas em novos contextos de leitura

Conhecimentos da linguagem

Revisão dos principais conteúdos

Compreensão e discussão oral

Estratégias de fala e escuta

Expressão de opiniões pessoais

HABILIDADES

Espera-se que, tendo como principal referência a esfera de atividade profissões e o conceito semiótico-cultural de modernidade, em situações de aprendizagem orientadas por atividades de leitura e escrita e centradas em diferentes tipos textuais, priorizando, contudo, a tipologia argumentativa, os estudantes desenvolvam as seguintes habilidades:

• Posicionar-se criticamente diante da realidade fazendo interagir conceitos, valores ideológicos e elementos linguísticos.

• Considerar indícios de valores presentes na contemporaneidade manifestos na urdidura textual

• Analisar as intenções enunciativas dos textos literários na escolha dos temas, das estruturas e dos estilos, como procedimentos argumentativos.

• Localizar informações relevantes do texto para solucionar determinado problema apresentado

• Identificar os elementos pertinentes a um projeto de vida mantendo, por meio da atividade linguística, o sentido de interdependência com o mundo.

• Mobilizar informações, conceitos e procedimentos na produção escrita de um projeto de vida.

• Identificar e avaliar as características próprias da apresentação de um discurso de orador

• Relacionar conhecimentos do uso da norma-padrão da língua portuguesa à construção de um discurso de orador

• Avaliar as habilidades do outro seguindo critérios específicos preestabelecidos

• Relacionar criticamente, na produção de um texto, informações das diferentes áreas do saber: Filosofia, Economia, Sociologia, Literatura, Arte, entre outras.



Referências Bibliográficas:

Plano de Ensino retirado da Proposta Curricular do Estado de São Paulo – CURRICULO DO ESTADO DE SÃO PAULO – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Ensino Fundamental – Ciclo II e Ensino Médio. (consultado em 09/03/2012).



Ibiúna,16 de março de 2012.



________________________________

João Pereira Leite                  


Gêneros textuais e seus agrupamentos


Olá professor, professora e demais curiosos, sejam bem-vindos!



            De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (Brasília: MEC/SEF, 1998, p.54) e com o quadro elaborado pelos linguístas Dolz & Schnewly e colaboradores: “Gêneros orais e escritos na escola” (Trad. e org.: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro,), Campinas: Mercado de Letras, 2004, a equipe do CENPEC/Estudar Pra Valer, traz nas páginas 47 e 48 do caderno “Leitura e produção de textos nas áreas do conhecimento”, em seu módulo introdutório um quadro que propõe o seguinte agrupamento para os gêneros textuais:



LINGUAGEM ORAL
LINGUAGEM ESCRITA
LITERÁRIOS
- Cordel, causos e similares, canção.
LITERÁRIOS
- Conto, novela, romance;
- Crônica, poema, texto dramático.
DE IMPRESNSA
- Comentário radiofônico.
DE IMPRESNSA
- Notícia, editorial, artigo;
- Reportagem, carta do leitor, entrevista, charge e tira.
DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
- Entrevista, debate, depoimento, exposição, seminário, debate, palestra..
DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
- Verbete enciclopédico
- (nota/artigo), relatório de experiência, didático, artigo.
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Nos domínios sociais da comunicação, temos:



Aspectos Tipológicos
Exemplos de Gêneros Orais e Escritos

- Cultura literária ficcional.


- NARRAR


- Mimésis da ação através da criação de uma intriga no domínio do verossímil.

- Contos maravilhosos/fadas
- Fábula/lenda
- Narrativa de aventuras
- Narrativa de ficção científica
- Narrativa de enigma/narrativa mítica
- História engraçada
- Biografia romanceada
- Romance/romance histórico/novela
- Piada/adivinha/paródia/conto




Aspectos Tipológicos
Exemplos de Gêneros Orais e Escritos

- Documentação e Memorização das ações humanas.


- RELATAR


- Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo.


- Relatos de experiências vividas
- Relato de viagem
- Diário íntimo/testemunho
- Autobiografia
- Curriculum Vitae
- Notícias/Reportagem
- Crônica mundana/ Crônica esportiva
- Biografia
- Relato Histórico




Aspectos Tipológicos
Exemplos de Gêneros Orais e Escritos

- Transmissão e construção do saber.


- EXPOR


- Apresentação textual de diferentes formas de saberes.


- Texto expositivo/explicativo/resumos dos mesmos
- Conferência
- Artigo enciclopédico
- Entrevista de especialista
- Anotação
- Relatório científico/Resenha






Aspectos Tipológicos
Exemplos de Gêneros Orais e Escritos

Discussão de problemas sociais controversos.


ARGUMENTAR



Sustentação, refutação e negociação de tomada de posição.

- Textos de opinião
- Diálogo argumentativo
- Carta de leitor
- Carta de reclamação
- Carta de solicitação
- Deliberação informal
- Debate regrado
- Editorial/Requerimento
- Ensaio/Resenhas crítica
- Discurso de defesa (advocacia)






Aspectos Tipológicos
Exemplos de Gêneros Orais e Escritos

- Instruções e prescrições.
- Descrever ações.

INSTRUIR


Regulação mútua de comportamentos.

- Instruções de montagem
- Receita
- Regulamento
- Regras de jogo
- Instruções de uso
- Comandos diversos
- Textos prescritivos