domingo, 24 de dezembro de 2017
domingo, 26 de novembro de 2017
sábado, 18 de novembro de 2017
quinta-feira, 6 de abril de 2017
Base Nacional
Comum antecipa Alfabetização para o 2º Ano
Na
manhã de 06 de abril de 2017, o MEC, com atraso e sem tratar do Ensino Médio,
apresentou a terceira e última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
que é formada por quatro áreas do conhecimento: Matemática, Ciências da
Natureza, Linguagens e Ciências Humanas. Esse documento estava previsto para
junho de 2016.
Segundo
informa Letícia Carvalho, G1, a BNCC é considerada
fundamental para reduzir desigualdades na educação no Brasil e que
diferentemente daqui, em países desenvolvidos eles já organizam o ensino por
meio de bases nacionais. Nesse documento estão definidas as linhas gerais do
que os alunos das 190 mil escolas do país devem aprender a cada ano.
Informa também que a
base ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e
depois homologada pelo ministro da Educação. Mesmo após essas etapas, ela só
terá efeito na sala de aula quando estados e municípios reelaborarem os seus
currículos: serão eles que detalharão como será abordada cada uma das metas ou
eixos da BNCC em sala de aula. O que deverá ocorrer somente a partir de 2019.
A jornalista de O
Globo lista os principais pontos da BNCC do Ensino Infantil e Fundamental.
1. O Ensino Religioso
foi excluído da terceira versão; MEC alega respeitar lei que determina que tema
seja optativo e que é competência dos sistemas de ensino estadual e municipal
definir regulamentação.
2. O conteúdo de
história passa a ser organizado segundo a cronologia dos fatos e não mais como
queriam alguns especialistas na primeira versão em que excluía a história
antiga europeia, como Grécia e Roma.
3. A língua inglesa
será o idioma a ser ensinado obrigatoriamente; versão anterior da BNCC deixava
escolha da língua a cargo das redes de ensino.
4. O conceito de
gênero não é trabalhado no conteúdo; MEC diz que texto defende "respeito à
pluralidade".
5. Texto aponta 10
competências que os alunos devem desenvolver ao longo desta fase da
educação. Uma delas é "utilizar tecnologias digitais de comunicação e
informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética".
6. Toda criança deve estar plenamente alfabetizada até o fim do segundo ano; na versão anterior, o prazo era até o terceiro ano.
7. A Educação
Infantil ganha parâmetros de quais são os "direitos de aprendizagem e
desenvolvimento" para bebês e crianças com menos de seis anos.
8. O Conteúdo do
Ensino Médio não é alvo desse documento; ele será abordado em texto específico
aguardado para o segundo semestre de 2017.
Segundo Maria
Helena Guimarães de Castro, secretária executiva do MEC, pela primeira vez, o
Brasil terá uma base que define o conjunto de aprendizagens essenciais a que
todos os estudantes têm direito na Educação Básica. Até então só existiam documentos
como as Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais e normas federais que
garantiam a padronização na elaboração dos currículos.
Agora, a BNCC será a
referência nacional obrigatória para que todas as escolas desenvolvam seus
projetos pedagógicos. Cerca de 60% do conteúdo abordado em sala de aula deverá
seguir essa base curricular do MEC. O restante será determinado pelas redes
educacionais e pelas próprias escolas, respeitando a realidade local.
Professor João Pereira Leite
Postado em 06/04/2017.