terça-feira, 6 de março de 2012

Educação e política não combinam

EDUCAÇÃO E POLÍTICA NÃO COMBINAM 


       A educação é algo muito sério que não deve ser confundida nem misturada com política. Mesmo assim muitos governantes não pensam assim e querem tirar proveitos da situação, fazendo mau uso do dinheiro público destinado para essa área.
         Partindo desse fundamento, vale a pena lembrar o que o saudoso prefeito do município de Ibiúna, Coronel Darcy Pereira Leite afirmava: “Uma boa administração pública precisa ter em seus cargos de primeiro escalão políticos e técnicos”. O cargo político deve ser aquele de assessoria ao prefeito, passando-lhe informações, mas nunca decidindo por ele. A palavra final deve ser do prefeito. Caso contrário, ele se torna apenas um fantoche. O cargo técnico deve ser aquele ocupado por alguém que tenha formação específica para uma determinada área. Na administração pública, isso deveria acontecer principalmente com a Saúde e a Educação. A primeira envolve vidas humanas e a segunda, a formação integral do ser humano para integrar-se na sociedade.
          Para melhor ilustrar o que se tem feito em muitos lugares deste país, tomaria como base a figura de linguagem chamada "antítese" que segundo nossos gramáticos significa figura de retórica que opõe duas ideias ou palavras de sentido contrário. Em nosso caso, iremos confrontar duas situações: a educação na visão de alguns políticos e na visão de um técnico/educador.
            Enquanto alguns políticos constroem e reformam escolas somente pensando na placa de inauguração, não se importando de existem infiltrações e se atenderá à demanda da comunidade, o técnico/educador pensa na melhoria da qualidade de ensino e numa infra-estrutura adequada com segurança para todos.
           Enquanto alguns políticos querem agradar seus “afilhados” com cargos em comissão, sem analisar a formação e a competência, o técnico/educador pensa em um profissional com perfil e formação adequada para tal cargo.
         Enquanto alguns políticos compram apostilas sem licitação apenas para tirar vantagens financeiras, sem conhecimento pedagógico, o técnico/educador reúne todos os profissionais de educação de sua rede para discutir a real necessidade de um sistema apostilado. Feito isso, várias propostas devem ser apresentadas aos educadores para análise. Monta-se uma comissão e selecionam-se os melhores para que seja encaminhado ao setor de compras para a licitação. Finalmente esse material é comprado pelo menor preço e programado para ser entregue no início do ano letivo, nunca na metade do ano. Hoje os sistemas apostilados devem oferecer cursos de capacitação para que os educadores tenham conhecimento do novo material didático que será trabalhado com os alunos. É bom lembrar que todo sistema educacional apostilado tem um custo muito alto para ser implantado. O material didático de Governo Federal e do Estado é gratuito para os cofres do município.
     Enquanto alguns políticos preferem contratos emergenciais de trabalho, pois assim empregam amigos e parceiros de campanha, o técnico/educador exige que se cumpra a lei e solicita a realização de concurso público e/ou processo seletivo.
    Finalizando, enquanto alguns políticos vivem de promessas e mais promessas, o técnico/educador sonha com mais transparência na aplicação dos recursos públicos, com uma educação de qualidade e com planos de carreira que valorizem os profissionais do magistério.


                                                                                                                                         João Pereira Leite
                                     Observação.: Artigo publicado no Jornal A Vanguarda de Ibiúna em 17/06/2011.

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